Filha do maestro António Victorino d' Almeida e da jornalista Maria Armanda Passos, Maria de Medeiros frequenta o Liceu Francês Charles Lepierre, em Lisboa, e nada indicava nela características de actriz até que João César Monteiro lhe confiou a protagonista de “Silvestre”. Em 1982 tem uma primeira experiência teatral ao interpretar as “Coéforas”, de Ésquilo, num grupo amador do Liceu Francês que deu vários espectáculos no palco do T. Nacional D. Maria II. Uma carreira de actriz começava a acontecer. Em 1983 vai para Paris onde, durante um ano, estuda Filosofia na Sorbonne, mas, em 1984, matricula-se na École Nationale Supérieure des Arts e Techniques d Théâtre e, dois anos depois, no Conservatoire National d'Art Dramatique. Entretanto quase não parou de trabalhar, quer no teatro quer no cinema, encetando uma carreira internacional com base em Paris, picos em 1990 (“Henry & June” de Philip Kaufman), 1994 (“Pulp Fiction” de Quentin Tarantino) e 2014 (“Pasolini” de Abel Ferrara) – e regulares prestações no cinema português. Torna-se, entretanto, também realizadora, dirigindo a primeira longa-metragem em 1991.